terça-feira, 8 de abril de 2008

Subemprego, será uma saída?


Se focarmos na realidade dos subempregos em Fortaleza por exemplo, é possível observar as condições das famílias que enfrentam essa realidade tão miserável. Essas famílias na maioria das vezes residem em loteamentos clandestinos, barracos, favelas localizadas em periferias ou mesmo no meio de bairros nobres, como podemos encontrar favelas no "coração" da Aldeota. A maior parte dessas pessoas sobrevivem em condições subumanas. Para estes a única fonte de renda, em sua maioria é a venda de produtos ou serviços que geram dinheiro imediato, como é o caso dos vendedores de balas, canetas, cartões, água nos sinais, limpadores e “guardadores de carros”, os sapateiros de rua, engraxates, vendedores de artigos de praia e outros. Enfim, essas pessoas sobrevivem de uma renda emergente: “ Se trabalham hoje e ganham algum trocado, comem, se não, ficam com fome.”

Fica claro o crescimento da desigualdade econômico-social em nosso Estado. O empobrecimento só agrava cada vez mais os problemas de analfabetismo, mortalidade infantil e juvenil, violência e moradia que só tendem a crescer.

Do ponto de vista capitalista o subemprego incomoda, uma vez que não gera lucro direto ao mercado através de impostos. Além de não favorecer o mercado consumidor. Afinal o subemprego é uma fonte emergente, não há seguridade ou estabilidade financeira e de mercado pela população praticante. Porém, para as pessoas que praticam esse tipo de trabalho é uma saída, algo que favorece sua existência, satisfaz suas necessidades, mantêm sua vida e a de suas famílias mesmo em condições precárias.

Rolileide Martins


Um comentário:

Unknown disse...

O subemprego realmente está longe de ser a situação ideal de trabalho de uma pessoa, mas num país como o nosso, onde os governantes do povo viram as costas pra esses ou então utilizam politicas de esmolas não é de se estranhar que tenha virado uma alternativa "viável". Os impostos realmente nao vão de forma direta, mas terminam aparecendo de forma indireta, movimentando a economia dessa classe, com a circulaçao de produtos e N formas de cobrança, criando uma estabilidade confortavel aos de fora. Enquanto nao houver estrutura realmente nao vai existir uma melhora.