segunda-feira, 7 de abril de 2008

O costume de sobreviver.


Quem sobrevive das ruas tem uma difícil perspectiva de mudança social, sobrando apenas um certo extinto de sobrevivência. Eles, muitas vezes, parecem estar em uma sociedade à parte, que não faz parte do “mundo” em que vivemos, mas por mais que muitos fechem os olhos, sempre os encontramos em vários lugares, como sinais de trânsito, praças, ruas, calçadas e etc. Eles possuem o que chamamos de subempregos, que é uma situação econômica localizada entre o emprego e o desemprego, atividade da economia informal, (por exemplo, a de camelô ou a de catador de papel) em função da necessidade de sobrevivência. Tal situação que deveria ser temporária, transforma-se em definitiva quando o trabalhador não consegue mais voltar à economia formal (com o recebimento de salário, carteira assinada, etc.) e transforma o subemprego em modo de vida. O que ganham nunca é o suficiente para o seu sustento ou de sua família, o que muitas vezes os levam a morar nas ruas ou em albergues.

Todos os dias somos abordados por pessoas que vivem assim, catando lixo, pedindo esmola nas ruas para comprar remédios, comida, ajudar alguém doente,pessoas fazendo malabares, crianças vendendo doces, em fim, pessoas que acabam vivendo das ruas.

Uma conduta errada e viciante que nossa sociedade vive é o do pedir e dar. Muitas vezes pensamos (ou até eles mesmo falam): “-É melhor pedir do que estar roubando ou fazendo coisas erradas”. Mas será mesmo que essa é a melhor atitude? Será que no fundo não estamos alimentando uma caridade mascarada e acobertando a miséria que há por trás disso? Muitos apesar de não ter nada que os impossibilitem de trabalhar se acostumam com essa condição e adotam isso como uma “profissão”. Pedir é uma triste e difícil condição de vida, mas falar de trabalho para uma pessoa que se acostumou a fazer isso é praticamente inconcebível.

Buscar soluções definitivas junto ao governo, já que somos nós que os colocamos no poder e são eles que podem solucionar esses problemas socias com projetos e trabalho é acabar com essa exploração miserável dos miseráveis.

Caroline Marques.

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