quarta-feira, 9 de abril de 2008

Música - "Pra ser feliz"

PRA SER FELIZ
(Letra e Música: Tarcísio Rocha)

(Intérprete: Rafael Duaity)

QUANTO TEMPO FAZ
QUE O SOL NÃO ME LEMBRA E VAI
PRO SEU PORTO MAIS SEGURO
E ME DEIXANDO AQUI NO ESCURO
RELEMBRANDO AS AVENTURAS
POR SUPOSTO DESVENTURAS

QUANTO TEMPO TEM
QUE NÃO VEJO MAIS NINGUÉM
VIVO SEM GESTOS E FALAS
ALEIJADO DOS MEUS SONHOS
DE CORAÇÃO A MIL PEDAÇOS
TÃO ESTRANHO EM MEIO A CHUVA

FICO OLHANDO A CHUVA
E O QUE ELA PODE DIZER?
NADA QUE EU ENTENDA,
NADA A SABER
PORQUE
NESSE JOGO TODO
A TUA LUA ME DEU
A LUZ DO OLHAR QUE ACENDE E VAI
RESTAURAR O AMOR SEM PAR
PRA SER FELIZ

Tarcísio Rocha

Documentário - Meninos da Cidade


"Meninos da Cidade" é um documentário cujo olhar está nas crianças esquecidas de Fortaleza.
Que espalhadas pela cidade fazem da rua o seu sustento, sua brincadeira e o seu presente.
Estas crianças demonstram uma total "falta". Seja de acolhimento, de direcionamento, de perspectiva e de referencial.
O desânimo refletido no olhar dessas crianças gera uma reflexão sobre o futuro que elas vão encontrar.

Sendo elas mesmas o futuro da nação, quais caminhos irão tomar?
Que oportunidades terão?
E entre tantas as coisas que lhes fazem falta o que elas mais buscam é a “solução”.

"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade." (Karl Mannheim)


(Parte 1)



(Parte 2)





Isilda Monteiro & Tarcísio Rocha

terça-feira, 8 de abril de 2008

Catadores de Vida


Lixo, pelo que se mostra, parece realmente ser uma excelente fonte de renda. Afinal, basta ir ali e pegar o que é útil, vender e usar o dinheiro para comer. Simples, rápido e eficiente.

Caso ignoremos todos os fatores sociais e existenciais aqui envolvidos, estaria tudo bem. O fato é que se tornou comum hoje em dia a desigualdade social, pessoas que não tem mais do que viver e encontram soluções nas ruas e das ruas.

Pessoas esquecidas pela sociedade que as criou, pelo governo que as ignora, tentam sobreviver com pequenos serviços, como: mendigos, pedintes ou mesmo como catadores de lixo, que são selecionadores daquilo que consideramos inútil, sujo e nojento. É o caso máximo da humilhação. Até onde a pessoa aceita descer para fazer aquilo que todos nós fazemos, mas esquecemos de fazer para se preocupar com o supérfluo? Até onde a pessoa aceita descer apenas para continuar viva?

Viver em um país como esse, quando se é desfavorecido de riquezas, é complicado, é difícil. Todo dia é uma batalha, uma batalha por um campo de contrastes, um campo onde os que têm dinheiro vêem o que é belo, e os que não têm vêem o nojento, o sujo, e no meio daquilo tudo, a possibilidade de uma refeição no final do dia, ou não.


Lucas Emanoel

Olha o tamanho deles!


Limpadores de pára-brisa de sinal. Pois é, aqueles MENINOS de rua, que limpam, SÓ QUANDO NÓS PEDIMOS (ironicamente falando), pois eles nunca chegam já jogando a água no pára-brisa do carro! Não, que é isso!? Com certeza eu também NUNCA OS VI FUMANDO POR ALI! Aí imagine: “Nossa, eles devem ganhar bem!! Dá pra ALIMENTAR TODA A GRANDE FAMÍLIA que ele tem e ainda dá pra comprar cigarros, dá pra se dar ao luxo de NOS FERIADOS e DOMINGOS não estarem lá no mesmo, lugar onde sempre estão 'TRABALHANDO'! ''
NÓS alimentamos essa “profissão”, NÓS os mantemos ali, PAGANDO até UM REAL pelo ESTRESSANTE serviço de limpar um vidro limpo. Já viram a cara MEIGA de ameaça, desses MENINOS de rua!? Agora diga que não tem trocado, tio! hehe. Mas agora sem ironias: eles SÃO MENINOS de rua, todos eles... e eu vos pergunto, E QUEM SÃO OS PAIS?!
Raquel Praxedes

Podem entrar, esse é o nosso Brazil!


Isso é o Brasil! Muitos já nascem excluídos e sabe o que acontece com eles? Com criança nas ruas, pedintes, pastorando carros? Sem estudo eles vão crescendo e sabe o que acontece?! Eles não conseguem emprego. Ai tudo vai ficando mais difícil. Mas como todo brasileiro, sempre tem um jeito para tudo, trabalhar é preciso para sobreviver, então "nos viramos"! O tempo vai passando e cada um vai escolhendo seu trabalho. Aqui temos varias opções de especialização: pedreiro, pintor e os nossos velhos sapateiros que ficam aí nas ruas, às vezes você não dá a mínima para aquele senhor que remenda seus sapatos em quando você trabalha bem vestido em uma multinacional. Eles estão ali por conta da seleção natural da vida, pode ter certeza que se fosse por escolha, ele estaria no seu lugar. O Brasil continua nessa seleção de vida natural, os anos passando, novas tecnologias, novas mídias, e o velho sapateiro continuará no mesmo lugar, assim como todos os outros que não tiveram oportunidade de uma vida sócio-econômica estabilizada.

Bem vindos ao Brasil!



Raíssa Rocha Lopes

Subemprego, será uma saída?


Se focarmos na realidade dos subempregos em Fortaleza por exemplo, é possível observar as condições das famílias que enfrentam essa realidade tão miserável. Essas famílias na maioria das vezes residem em loteamentos clandestinos, barracos, favelas localizadas em periferias ou mesmo no meio de bairros nobres, como podemos encontrar favelas no "coração" da Aldeota. A maior parte dessas pessoas sobrevivem em condições subumanas. Para estes a única fonte de renda, em sua maioria é a venda de produtos ou serviços que geram dinheiro imediato, como é o caso dos vendedores de balas, canetas, cartões, água nos sinais, limpadores e “guardadores de carros”, os sapateiros de rua, engraxates, vendedores de artigos de praia e outros. Enfim, essas pessoas sobrevivem de uma renda emergente: “ Se trabalham hoje e ganham algum trocado, comem, se não, ficam com fome.”

Fica claro o crescimento da desigualdade econômico-social em nosso Estado. O empobrecimento só agrava cada vez mais os problemas de analfabetismo, mortalidade infantil e juvenil, violência e moradia que só tendem a crescer.

Do ponto de vista capitalista o subemprego incomoda, uma vez que não gera lucro direto ao mercado através de impostos. Além de não favorecer o mercado consumidor. Afinal o subemprego é uma fonte emergente, não há seguridade ou estabilidade financeira e de mercado pela população praticante. Porém, para as pessoas que praticam esse tipo de trabalho é uma saída, algo que favorece sua existência, satisfaz suas necessidades, mantêm sua vida e a de suas famílias mesmo em condições precárias.

Rolileide Martins


Contradição da Miséria e da Riqueza



Em contradição à miséria, há pessoas esbanjando dinheiro, comprando aviões, navios, apartamentos fora do país,
investindo em bolsa de valores, para que seu dinheiro renda cada vez mais. Nos desfiles de moda, nas entregas de Oscar há modelos e atrizes
que se exibem em vestidos cobertos de ouro e diamantes. Vestidos de milhões de dólares. Nas ruas brasileiras, já não há mais espaço para tantos carros. E muitos são
até de luxo. Pessoas gastando horrores para colocar silicone, fazer implantes, colocar botox, tudo sem a mínima necessidade, enquanto várias pessoas
usariam esse dinheiro para se alimentar, e não para "corrigir" sua estética.
A taxa de miséria brasileira comparando de uns anos pra cá, permaneceu praticamente inalterada.
No Brasil, em 2002 a taxa de miseráveis, segundo pesquisas realizadas era de 14,5%. Exatamente 25 anos dessa data a taxa era de 17%. Esses valores, tratam de uma queda muita baixa em relação ao desenvolvimento econômico, político e social.
Se atualmente no Brasil há por volta de 60 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, por exemplo, pelo menos mais da metade dela vive entre a linha de pobreza e à cima da linha da miséria. O restante, entraria como indigentes ou miseráveis.
Muitas vezes, escutamos alguém xingar o outro de "miserável". Na certa essa pessoa não parou para pensar o real significado da palavra. Ser miserável é viver sem comida ou com muito pouca, morar sem nenhuma condição de saneamento básico sem nem sequer saber o que é ter saúde. Em Recife, por exemplo, há favelas erguidas literalmente em cima de mangues, sem nenhuma condição de segurança ou higiene. Quando a maré sobe, o lixo invade os barracos, espalhando dejetos de toda
a vizinhança pelos cômodos. A falta de saneamento é responsável pela proliferação de doenças.
Famílias muitas vezes tem que viver com apenas R$2 por dia. Você já parou para pensar o que é sobreviver com apenas
R$2 por dia? Se R$2 já é pouquíssimo para uma pessoa, imagina para uma família sendo um casal e 3 ou 4 filhos por exemplo.
O resultado disso está nas doenças de gravidade extrema, de anemias profundas e principalmente subnutrição.
Lara Maria